Central do Consimares avança com apoio do governo federal

A Central de Tratamento do Consimares (Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Campinas) pode servir de exemplo às regiões metropolitanas do Brasil como solução para a destinação final de resíduos em substituição aos aterros sanitários.

A afirmação é de técnicos e gestores do Governo Federal, após conhecerem o projeto com tecnologia para a geração de energia elétrica a partir de rejeitos (resíduos sem potencial de reciclagem) e que coloca o trabalho dos catadores de recicláveis como fundamental para a viabilização do projeto. O, agora, projeto avança com o apoio do Federal.

O Consimares é integrado por sete cidades (Capivari, Elias Fausto, Hortolândia, Monte Mor, Nova Odessa, Santa Bárbara d´Oeste e Sumaré), onde vivem um milhão de habitantes que produzem cerca de 700 toneladas diárias de resíduos, hoje despejadas em aterros sanitários.

As propostas foram levadas à Brasília no início de junho com agendas intermediadas pelo ministro das Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha. A comitiva do Consimares visitou vários setores do Governo Federal.

O presidente do Consórcio, Mauricio Baroni, prefeito de Elias Fausto; o superintendente Valdemir Ravagnani (o Mimo); o presidente do Conselho Fiscal do Consimares, vereador Elvis Garcia (Pelé) e o consultor Antonio Bolognesi tiveram reuniões na Secretaria Especial para o Programa de Parcerias e Investimentos; na Secretaria de Relações Institucionais, Setor de Acompanhamento Regional e na Secretaria Especial de Assuntos Federativos.

Baroni também se reuniu com o secretário Nacional de Mobilidade Urbana, Denis Andia, ex-prefeito de Santa Bárbara d´Oeste e ex-presidente do Consimares. A agenda se encerrou com reunião da comitiva com o secretário Nacional de Saneamento Ambiental, Leonardo Picciani, e técnicos da Secretaria para apresentar as propostas.

Para o presidente do Consimares, as reuniões foram produtivas e representam passos importantes para o avanço do projeto. “Estamos mostrando ao governo que esse projeto é uma obra de saneamento para dar a destinação correta para os rejeitos dos resíduos, com a participação fundamental dos catadores de recicláveis, e não somente de produção de energia. Todos os órgãos gostaram do projeto e disseram que pode ser uma solução para as regiões metropolitanas do Brasil”, comentou Baroni.

Agora, completa Mimo Ravagnani, superintendente do Consórcio, serão agendadas reuniões com técnicos dos ministérios para fazer uma discussão mais completa do projeto que, se atender aos critérios federais, pode ter apoio até do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). As reuniões foram solicitadas pelos órgãos federais visitados.

“Os catadores de materiais recicláveis estão inclusos no nosso projeto por meio da formação das redes de cooperativas e cumpre uma das exigências do Governo Federal para viabilização do empreendimento porque valoriza esses trabalhadores. Já estamos fazendo a lição de casa. Vamos criar essa rede, estamos buscando dinheiro na logística reversa para isso, e o apoio dos municípios”, observa Ravagnani.