A Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos da prefeitura de Americana e Comitê Americana por Elas realizaram no dia 6 de dezembro a ação de conscientização da campanha Laço Branco, pelo fim da violência contra mulheres e meninas. A ação, que ocorreu na Avenida Brasil, em frente ao Paço Municipal, fez parte da programação dos 21 Dias de Ativismo e Igualdade Racial.
As pessoas abordadas em veículos que passavam pelo local receberam materiais informativos sobre os tipos de violência, canais de denúncias, orientações e encaminhamentos. Os laços brancos distribuídos representam o símbolo da não violência contra a mulher.
Participaram da ação representantes do Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), da Gama (Guarda Municipal de Americana), do Cras (Centro de Referência de Assistência social), das secretarias de Assistência Social e Direitos Humanos e de Saúde, entre outros parceiros na ação.
"A Campanha Laço Branco, desenvolvida na programação dos 21 Dias de Ativismo e Igualdade Racial, busca envolver também os homens para a conscientização e a prevenção da violência de gênero. Cada ação desenvolvida é importante para ampliarmos esta consciência junto à população, respeitando os direitos das mulheres e repudiando qualquer forma de violência", disse a secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Juliani Hellen Munhoz Fernandes.
As atividades dos 21 Dias de Ativismo e Igualdade Racial começaram no dia 21 de novembro e se encerraram em 10 de dezembro, com várias ações desenvolvidas pela prefeitura de Americana e também em todo o país.
Campanha tem alcance mundial
A campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher foi criada no Brasil pelo Conselho Nacional de Justiça, com o objetivo de trazer reflexões sobre os variados cenários da violência de gênero contra meninas e mulheres, com a contextualização de suas vulnerabilidades.
O movimento busca sensibilizar a sociedade para o tema e se inspirou na ação mundial denominada 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, que se iniciou em 1991, intitulada “as mariposas”, em homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, assassinadas, em 1960, na República Dominicana. Submetidas às mais diversas situações de violência e tortura, dentre elas, o estupro, as irmãs foram silenciadas pelo regime ditatorial de Rafael Trujillo, no dia 25 de novembro de 1960.
A campanha representa para o CNJ um marco no aprofundamento das políticas de combate à violência de gênero, feminicídio e outras formas de agressões no âmbito do Judiciário. A campanha, bem como outras ações, desenvolvidas pelo Conselho Nacional de Justiça, estão em sintonia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável previstos na Agenda 2030, elaborados pela ONU (Organização das Nações Unidas). Em especial, o ODS 5, que visam estimular ações para o alcance da igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas. O ODS busca assegurar também a eliminação de todas as formas de violência contra todas as mulheres e meninas nas esferas públicas e privadas, incluindo o tráfico e exploração sexual.
No Brasil, a campanha é iniciada em 20 de novembro, dia da Consciência Negra, para lembrar que as mulheres negras são, em números absolutos e também proporcionais, as maiores vítimas da violência de gênero no Brasil.
Números reforçam importância da campanha
- Seis em cada dez mulheres que foram vítimas de violência praticada por homens não procuraram autoridades de segurança para registrar o crime.
- Sem denúncia, o criminoso permanece impune.
- 60% das vítimas procuraram apenas ajuda da família, 45% da igreja e 42% só conversaram com amigas ou amigos.
- 27% das mulheres agredidas pediram medida protetiva. Só que, desse total, 48% viram o agressor descumprir a ordem
- 29% das mulheres que disseram nunca terem sofrido violência, se reconheceram como vítimas após ouvirem explicações dos diferentes tipos de violência contra a mulher.
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Fonte: Mapa Nacional da Violência de Gênero
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