Por Valdecir Duzzi*
O Brasil deste início de 2023 continua polarizado entre lulistas e bolsonaristas, ou ainda, como bem escreveu o engenheiro especializado em economia Samuel Hanan no portal Espaço Democrático, entre verde-amarelos e vermelhos. Passada as eleições de outubro e o novo governo já empossado há um mês, tal embate não ajuda em nada o que mais afeta o dia a dia do brasileiro: a economia.
Existe uma divergência na opinião de especialistas em relação a ordem do título deste artigo. Uns defendem que a pacificação do Brasil resultará em crescimento econômico, uma vez que os investidores preferem um clima de paz para investir, enquanto outros – incluindo o respeitado empresário Abílio Diniz - defendem que o crescimento trará a paz.
Passado o quebra-quebra do dia 8 de janeiro em Brasília e a consequente resistência das instituições democráticas, é preciso pacificar o país com máxima urgência. A polarização atrasa o crescimento econômico do Brasil. Isso é fato. Nenhum investidor se arrisca em um ambiente tóxico como o atual.
Na sequência da pacificação, os investimentos vão surgindo gradualmente e, nesta etapa, acontece a pacificação plena defendida por Diniz em excelente entrevista concedida ao Radar Econômico da revista Veja. “Minha mãe dizia que, em casa que não tem pão, todo mundo reclama e ninguém tem razão. Ou seja, se a economia andar bem, o país se pacifica, e eu acredito que a economia vai andar bem”, diz o empresário na entrevista.
A metáfora sobre a falta de pão usada por ele é realidade no Brasil atual. Ninguém vai ter comida na mesa sem paz. É preciso baixar as armas, praticar o diálogo e acreditar na capacidade do país em dar a volta por cima. Precisamos deixar as desavenças eleitorais para trás e criar um clima de segurança nos investimentos. Só assim o Brasil será reinserido na rota do crescimento econômico.
*Valdecir Duzzi é assessor de políticas públicas da prefeitura de Sumaré
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