Entre as ameaças aos ecossistemas marinhos e à saúde de nossos oceanos, a poluição por plástico é uma das mais preocupantes. A estimativa mundial é de que a cada minuto, um caminhão repleto desses resíduos seja jogado ao mar. Uma vez nos oceanos, essa poluição vai se arrastando pelas correntes marinhas, formando uma mancha plástica que atinge mamíferos, aves, peixes e tartarugas, presente até mesmo em lugares inabitados pelas pessoas.
À medida que o plástico continua a inundar os oceanos – no Brasil, a estimativa é de 325 mil toneladas/ano, a lista de espécies marinhas afetadas por esses resíduos aumenta. O estudo Um Oceano Livre de Plásticos, de 2020, ou seja, não tão recente, já trazia alguns números impactantes. Mais de 800 espécies de mamíferos, aves marinhas, peixes e tartarugas estão sendo impactadas pelo emaranhamento de redes de pesca ou pela ingestão de plástico. Cerca de 90% de espécies de aves marinhas e tartarugas já consumiram plásticos. Dezessete por cento das espécies afetadas estão listadas como ameaçadas ou quase ameaçadas de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).
Evidências também apontam que os corais parecem mais atraídos pelo microplástico do que por suas fontes naturais de nutrição e quando entram em contato direto com fragmentos de plásticos, a probabilidade de contraírem uma doença aumenta de 4% para impressionantes 89%.
Essa macro poluição plástica ainda dá origem a um outro problema relevante. Uma vez no mar, o plástico não se decompõe; ele se degrada em pedaços cada vez menores e dá origem aos microplásticos – já detectado no sangue humano, na placenta, nos pulmões e, mais recentemente, no leite materno.
Toda essa situação é um alerta mundial para a segurança do ecossistema marinho e de suas espécies, e consequentemente, para a saúde humana. No Brasil, os dados, ainda que subestimados, indicam que 1 em cada 10 animais que apareceram mortos em praias das regiões Sul e Sudeste – únicas que mantêm uma estrutura de pesquisa e monitoramento ligados às bacias da Petrobras – tiveram a ingestão de plástico como causa do óbito.
Materiais que poderiam ser reciclados
Inúmeras análises apontaram a presença de sacolas de embalagens, tampas de caneta e de garrafas PET, botões, buchas de parafuso, pulseiras, canudos, lacres de alimentos embutidos, palitos, copos descartáveis e outros materiais descritos como “plásticos e microplásticos”.
Se mantivermos esse ritmo de produção e não avançarmos com a reciclabilidade, o volume de plástico acumulado no oceano será quatro vezes maior em 2040. O enfrentamento do problema requer a revisão do modelo produtivo, uma tendência que tem acontecido em diversas regiões do planeta.
Empresas investem na economia circular do plástico
Algumas iniciativas adotadas por grandes empresas têm mudado a forma que o plástico é utilizado pelo mercado. Uma delas é a Braskem, que segue na vanguarda da inovação e do desenvolvimento sustentável para gerar um melhor impacto no planeta e na sociedade e, há mais de uma década, busca soluções inovadoras e sustentáveis para a valorização do plástico.
Uma das iniciativas que contribui para que copos plásticos descartáveis de café e água não tenham como destino final os aterros sanitários é o Programa de Reciclagem de Copos Descartáveis que, em parceria com a Dinâmica Ambiental e apoio da Copobras, da Altacoppo, da Unigel e da Innova, recolhe esses resíduos nas empresas participantes e os encaminha para a reciclagem de forma correta e eficiente.
A partir daí, eles são transformados em resina pós-consumo e ganham nova vida, podendo ser aplicados nos segmentos de tampas de cosméticos e produtos de limpeza, utilidades para o lar, na indústria automotiva ou moveleira e na fabricação de eletrodomésticos e bicicletas.
O Brasil tem um vasto potencial para reciclar os resíduos plásticos que produz. Venha fazer parte do time de empresas que investem na economia circular e engrossam o coro desta nossa potencialidade. Entre em contato conosco para fazer a adesão da sua empresa no Programa de Reciclagem de Copos Descartáveis!
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Fontes: Revista Amazônia | JF
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