A cadeira de balanço
O eterno movimento que nunca sai do lugar
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Artigo

Por Odair Dias* 

Como é de nosso conhecimento, a terra gira, o tempo não para e as folhas crescem. Com base nisso, torna-se fácil compreender e aceitar que estamos em constante movimento, queiramos ou não, e isso ocorre até mesmo quando estamos parados.


Essa dinâmica do movimento não deve ser comparada à evolução, pois movimentar-se não é sinônimo de evoluir. Afinal, podemos nos movimentar no sentido errado e retroceder em várias questões simultaneamente.


Dessa forma, é possível entender a necessidade de algo chamado “direcionamento”, que deve ser precedido de uma “meta”, ou seja, é fundamental saber aonde se quer chegar e qual o caminho a ser seguido. Quando isso não é feito, somos automaticamente, e muitas vezes de maneira inconsciente, remetidos a uma metáfora da imortal obra de Lewis Carrol, “Alice no país das maravilhas”, que em um dos trechos mais marcantes nos transmite a lição de que “se você não sabe para onde quer ir, qualquer caminho lhe serve”.


E é exatamente dessa forma que nos encontramos quando não há planejamento. Se eu não sei o que quero, não quero. Isso não quer dizer que os resultados serão sempre ruins, mas aumenta probabilidade de insatisfação. Você conhece alguém que nunca sabe o que quer e que sempre está insatisfeito com os resultados? Pense.


O jeito é escolher o seu destino e utilizar o melhor meio de transporte, de acordo com suas possibilidades, para chegar até ele são, salvo e satisfeito. Apenas certifique-se de que estará sentado em uma poltrona do veículo de transporte e não em uma cadeira de balanço, pois ela está em constante movimento, mas não sai do lugar.


*Odair Dias é secretário de Governo de Sumaré e profissional de Educação e Gestão

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