VI Ameriafro investe na geração de renda, na arte e na alegria
Evento com forte programação cultural reuniu mais de 1,2 mil pessoas no Civi de Americana
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Um evento com muitas conexões e alegria contagiante. Essa foi a avaliação de Cristiane Souza, a Cris da Unegro, sobre a organização da IV Ameriafro - Feira de Arte + Cultura Afro-brasileira. O evento foi realizado no dia 20 julho, no Civi (Centro de Integração e Valorização do Idoso), na região central de Americana e, conforme balanço da organização, atraiu um público em torno de 1,2 mil pessoas ao longo da programação. “Foi ótimo”, acrescentou Cris.

Conforme explica ela, a feira é realizada no mês de julho, o Julho das Pretas, em alusão ao Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, que se comemora no dia 25 de julho. A organização resulta de um processo coletivo que envolve várias entidades dos movimentos negros e culturais afro-brasileiros de Americana e região, com o objetivo de promover, difundir e valorizar as manifestações artísticas e culturais afro-brasileiras.



GERAR RENDA

Cris ressalta que, além de dar visibilidade a artistas, artesãs, artesãos e fazedoras e fazedores de cultura, a Ameriafro tem como proposta o incentivo à geração de renda, à economia criativa e ao afroempreendedorismo na cidade. Outro aspecto fundamental do evento é a discussão em torno das contribuições para a efetivação de princípios elencados no Estatuto da Igualdade Racial, a Lei Nº 12.288, de 20 de julho de 2010. 

Tanto que, na programação, foram reservados espaços para esses debates e reflexões, com palestras voltadas especificamente para a juventude negra. Cris destacou que houve sorteio de bolsas de estudos para cursos de graduação e roda de conversa com escritores negros.


ATRAÇÕES

A IV Ameriafro reuniu expositores de roupas, acessórios e diversos artesanatos. “Tivemos muitas atrações artísticas, durante todo o dia, com muita música, dança e roda de conversa”, conta Cris. Ao todo foram 35 expositores, entre artesãos e comidas típicas, 12 expositores na área de literatura e 12 atrações artísticas.

“A abertura foi com o Maracatu. Tivemos Hip Hop Connection, com o grupo CIA JK de dança, o Coral Vozes Afro, música Popular Orquídea Negra e o encerramento com Samba Anderson Gomes e Banda”, aponta Cris, entre as diversas atrações que animaram o público. Também houve desfile de moda afro e oficinas.


NOVIDADE

Cris destaca que essa 4ª edição da Ameriafro fez parte da programação do Festival Afro Juventude e Cidadania, que é organizado pelo CEMJ (Centro de Estudos e Memória da Juventude) e pela Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania de São Paulo. O Festival conta com a correalização da Unegro e é um projeto que promove um circuito de eventos presenciais e formações online para discutir com jovens, professores e sociedade em geral, o acesso da juventude negra à justiça, cidadania, trabalho e direitos humanos.

O Festival, conforme destaca Cris, vai ser realizado em outras três cidades, Piracicaba, São Carlos e Santo André, além da edição que aconteceu em Americana. 

“A tendência é a Feira crescer a cada ano, como vem acontecendo”, comemora Cris.

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