A equipe de profissionais da rede municipal de Saúde de Americana capacitada para a realização de testes rápidos de HIV e sífilis foi ampliada em outubro, com o treinamento de dez enfermeiras e coordenadoras de enfermagem do Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi. A rede conta agora com 116 profissionais habilitados em conformidade com os protocolos e diretrizes do Ministério da Saúde.
A capacitação técnica foi viabilizada por meio de uma parceria entre a Maternidade do HM e o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Americana. "O objetivo deste treinamento foi aprimorar as habilidades dos profissionais de saúde, garantindo que estejam preparados para a realização dos testes", explicou a coordenadora da Maternidade, Shayana Pinheiro.
Antes do treinamento presencial, as enfermeiras e coordenadoras participaram de dois cursos online com conteúdo teórico sobre a importância dos testes rápidos, a interpretação dos resultados e os procedimentos de aconselhamento.
O treinamento em sala de aula, que incluiu atividades práticas e simulações de testagem, foi conduzido por duas multiplicadoras especializadas e designadas pelo Ministério da Saúde: Gislaine Cristina Canteiro, psicóloga do Serviço de Atendimento Especializado em Infectologia (SAE) e Laboratório de Infectologia, e Mariah Assalone, coordenadora do programa municipal de IST/AIDS.
"A qualificação das equipes é um compromisso que temos com nossos profissionais, e essa capacitação é um exemplo da excelência que pautamos o atendimento aos pacientes em geral, com qualidade, eficiência e humanização", ressaltou o secretário de Saúde, Danilo Carvalho Oliveira.
O Hospital Municipal é administrado pela Santa Casa de Misericórdia de Chavantes (SCMC), por meio de gestão compartilhada com a Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Americana.
EXPLOSÃO DE CASOS
De acordo com o último Boletim Epidemiológico de Sífilis, em 2023 foram notificados no país 242.826 casos de sífilis adquirida, 86.111 casos de sífilis em gestantes, 25.002 casos de sífilis congênita, além de 196 óbitos por sífilis congênita.
A partir de 2012 não só o Brasil, mas vários países do mundo vivem uma explosão de casos de sífilis. Os especialistas atribuem isso à falta de informações e de busca de assistência médica assim que surgem os primeiros sintomas.
A infecção é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum e os sintomas são divididos em quatro estágios. O primeiro é caracterizado por uma ferida indolor no local do contato ou uma erupção cutânea. Uma dose intramuscular de penicilina é considerada a forma mais eficaz de tratar a infecção. Se não houver tratamento, a sífilis pode levar a doenças neurológicas e cardiovasculares a longo prazo.
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