IZ tem papel essencial para produção em crise climática
Instituto de Nova Odessa armazena variedades que produzem diante do aquecimento global
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Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado promove, por meio de seus institutos e coordenadorias, ações para o enfrentamento dos efeitos das mudanças climáticas, a fim de garantir a produção de alimentos em território paulista de forma sustentável com bons níveis de produtividade.

Por meio do IZ (Instituto de Zootecnia) de Nova Odessa e também da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, a secretaria identifica e desenvolve plantas forrageiras mais adaptadas às mudanças climáticas, com maior eficiência no uso de nutrientes e que impactam positivamente o meio ambiente.

Isso só é possível graças ao BAG (Banco Ativo de Germoplasma) do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Pastagem e Alimentação Animal do IZ. O IZ conta hoje com 2.000 genótipos de plantas forrageiras armazenados em sementes e um herbário com 1.830 espécies. “Estamos atentos às mudanças climáticas, assegurando a produção de alimentos com cultivares mais adaptados ao aumento da temperatura, às variações de chuvas e aos eventos climáticos extremos”, destaca o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai.

O IAC (Instituto Agronômico de Cmpinas), também vinculado à Secretaria, desenvolve soluções tecnológicas, por meio da genética, em um contexto de mudanças climáticas e da crescente demanda mundial por alimentos. O Programa de Melhoramento Genético do Feijoeiro do IAC, por exemplo, com as duas cultivares IAC VU 211 Bamboo e a IAC VU 212 Red Bamboo, atendem mercados como a China e a Índia.

O IAC também desenvolve porta-enxertos, parte inferior da planta para a produção de mudas, que se destacam pela maior tolerância ao estresse hídrico, ou seja, quando há pouca disponibilidade de água. Materiais importantes para a citricultura paulista, uma das principais atividades agrícolas do agro paulista, são variedades desenvolvidas pelo IAC.

Além da vantagem em relação à falta de água, os porta-enxertos permitem a diversificação de variedades nos pomares brasileiros com alta qualidade da fruta para a indústria ou para o consumo in natura. Mas as pesquisas vão muito além, o IAC também desenvolve tecnologias para produtos como amendoim, milho, mandioca, café, batata-doce e cana-de-açúcar.

IRRIGAÇÃO
 
Para aumentar a eficiência no uso de água e mitigar os efeitos da estiagem, SP disponibilizou uma linha de crédito de R$ 200 milhões para irrigação pelo Programa Irriga + SP, parceria entre a Secretaria de Agricultura e a Desenvolve SP. Os recursos são destinados a projetos com foco na implementação de sistemas de irrigação, energia fotovoltaica e agricultura de precisão. A iniciativa pretende garantir a produção de alimentos e o desenvolvimento regional em um cenário de eventos climáticos extremos.

O objetivo da linha, recurso do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP), é dobrar as áreas irrigadas do estado em 4 anos e alcançar 15% em 2030. Hoje, de acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), áreas irrigadas produzem mais de 40% dos alimentos mundiais. O Atlas da Irrigação, da Agência Nacional de Águas, prevê uma incorporação de 4,2 milhões de hectares de área irrigada até 2040 no país.

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