Crise ambiental reforça importância de ações de conscientização

Em um momento único de emergência ambiental acirrada pela crise climática e pela explosão de guerras que colocam o mundo em alerta, o Mês do Meio Ambiente, celebrado em junho, com o ponto alto no dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, adquire uma dimensão especial. A data foi estabelecida pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1972, a partir da Conferência de Estocolmo.

Conhecida como Conferência de Estocolmo, a chamada Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, foi a primeira grande conferência internacional a tratar da questão ambiental em escala global. Ela reuniu mais 113 países que, ao final, assinaram a Declaração de Estocolmo, documento que estabeleceu princípios para a gestão e o cuidado com o meio ambiente em escala global e deu início, pela primeira vez na história humana, ao diálogo entre países desenvolvidos e em desenvolvimento sobre questões ligadas ao meio ambiente e ao desenvolvimento.

Naquele tempo, há mais de 50 anos, os alertas de cientistas já mostravam o risco planetário da degradação ambiental causada pela ação humana. E surgiam também os primeiros indícios da gravidade para a vida que estava em curso com o aquecimento global. A Conferência de Estocolmo foi um marco histórico, pois pela primeira vez a questão ambiental era introduzida na agenda internacional.

O objetivo do Mês do Meio Ambiente é mobilizar a sociedade, governos e empresas para a importância da proteção dos recursos naturais e a busca por soluções para os desafios ambientais. Durante este período, são realizadas diversas atividades, como eventos, palestras e campanhas, com o intuito de ampliar a conscientização sobre a necessidade de ações sustentáveis e a preservação do planeta. Isso ocorreu em praticamente todas as cidades brasileiras e agitou um conjunto de importantes ações em Americana.

CRISE HOJE

Estudo publicado neste mês de junho, na revista Earth System Science Data, realizado por mais de 60 pesquisadores de 17 países, com base em informações do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU), aponta o agravamento da crise climática e ambiental no planeta e a necessidade do reforço urgente das medidas de contenção e proteção. A maioria dos autores do estudo integra ou já integrou o grupo científico IPCC das Nações Unidas.