Enquanto finaliza um relatório detalhado sobre a crise financeira, o qual será entregue à Prefeitura de Americana com objetivo de amenizar a dívida da ordem de R$ 3,4 milhões, o Hospital Seara – único na cidade que oferece tratamento psicológico para as redes pública e privada – conta com a solidariedade da população de Americana para se manter em pé.
Longe dos holofotes políticos, empresários, sociedade civil organizada e a população em geral se solidarizam com a instituição, que funciona desde 1963, com doações que chegam diariamente ao hospital. São produtos de limpeza, alimentos, roupas, entre outros. As doações, segundo a direção do Seara, são sempre bem vindas, no entanto, estão longe de resolver o problema.
A prefeitura aguarda o relatório detalhado sobre as finanças do hospital para tentar realizar um repasse ao Seara que mantenha pelo menos 70 pacientes internados. No início de junho, quando o agravamento da crise veio à tona, 130 pacientes estavam em atendimento psiquiátrico, dos quais 50 receberam alta.
SEM CONDIÇÕES
“Estamos, no momento, com uma dívida tão grande que não temos condições de continuar. Porque quanto mais atendemos, mais ficamos no negativo”, afirmou o médico José Getúlio Thuler, presidente do hospital há quatro anos. Na ocasião, ele se reuniu com o prefeito Chico Sardelli (PV), que se comprometeu a aumentar o valor do repasse, hoje fixado em quase R$ 100 mil pagos mensamente, quantia insuficiente para manter a instituição em funcionamento pleno.
A Prefeitura informou que apenas 55% dos atendidos são do município de Americana. O Executivo compra oito leitos por mês ao custo de R$ 400 por paciente por um período máximo de três dias, mas as pessoas ficam internadas, em média, de 45 dias a dois meses, informou o Seara.
A prefeitura diz ainda que está “sensibilizada com a situação enfrentada pelo Hospital Seara e não está medindo esforços para que seja possível um apoio maior do que já vinha realizando”. A expectativa é que em breve haja uma definição sobre o assunto.
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