Estiagem mobiliza cidades da RMC
Riscos vão além das queimadas e problemas de saúde provocados pelo tempo seco
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A Operação Estiagem tem mobilizado municípios da RMC (Região Metropolitana de Campinas), entre eles Americana, com foco principalmente em campanhas educativas para evitar queimadas e garantir proteção à saúde contra os efeitos do ar extremamente seco e com alto índice de irradiação solar.


Mas as questões que envolvem as estiagens prolongadas que temos enfrentado não só no Estado de São Paulo como também em outras grandes regiões brasileiras, também traz o permanente fantasma da crise hídrica, que se potencializa a cada ano.


No dia 17 deste mês de agosto, representantes de vinte municípios participaram, em Itatiba, da 4ª reunião ordinária da Câmara Temática de Defesa Civil da RMC, com foco principal nas ações da Operação Estiagem. Americana foi representada pelo coordenador da Defesa Civil, João Miletta, e pelo agente Gerson de Oliveira.


“A discussão foi sobre a Operação Estiagem, pois agora é uma época de seca, é necessário fazer a prevenção contra as queimadas. A umidade relativa do ar está muito baixa. É importante alertar e manter informada a população para o cuidado com a saúde, por isso divulgamos boletins diários sobre o assunto, fazendo todo o monitoramento da situação”, disse Miletta.


Ainda dentro da Operação Estiagem, a Defesa Civil de Americana recebeu, do governo estadual, equipamentos necessários para ajudar a prevenir e combater ocorrências de emergência, como as queimadas, por exemplo. Foram entregues gerador, motosserra, abafador, tenda, luvas, lanterna, enxadão, bomba costal, capacete, pedestal com holofote, megafone e facões.


“São equipamentos importantes e, com certeza, serão muito bem utilizados para desenvolvermos as ações de prevenção e as ocorrências na cidade. Já recebemos um veículo em março, e agora essas ferramentas chegam em boa hora”, ponderou Miletta.


CRISE HIDRÍCA


As repetidas estiagens, para além do problema imediato, apontam o risco de uma crise hídrica permanente, da qual, por exemplo, o principal reservatório do Estado de São Paulo, o Sistema Cantareira não se recuperou totalmente desde a grave seca de 2014, que se prolongou até 2017.


A queda na vazão de rios e dos leitos d´água é permanente nas principais regiões do Estado e do país. Essas quedas têm sido registradas no Alto Tietê, no Rio Paraná e em outros cursos essenciais para São Paulo. Na região de Salto, há dez meses se sucedem as coberturas do Rio Tietê por espuma branca, resultado da poluição, mas que é provocada pela seca e queda na vazão do rio.


Portanto, para além das queimadas e dos problemas imediatos de saúde, a sucessão de secas e estiagens aponta para a urgência de uma reflexão e de ações imediatas para conter as mudanças climáticas em curso.


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