O Gaema (Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente) busca um protocolo cujo principal intuito é proteger as abelhas da ação dos agrotóxicos aplicados por meio de pulverização aérea. Principal responsável pela polinização na agriculta, as abelhas são mortas pela utilização de alguns produtos na agricultura.
Segundo o promotor do Gaema, Ivan Carneiro Castanheiro, uma reunião foi realizada no final de setembro, na qual o Ministério da Agricultura e Pecuária, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia) se comprometeram a trabalhar em conjunto na elaboração do protocolo.
“Fizemos algumas reuniões para determinar um protocolo na utilização de pulverização aérea já que temos alguns problemas tanto no controle dos produtos, quanto no controle das aeronaves que realizam tais serviços. Nossa maior preocupação são as abelhas”, explicou Castanheiro.
21 CIDADES
O Gaema realizou um parecer técnico nas 21 cidades que o órgão abrange, entre elas Americana e Santa Bárbara d’Oeste. De acordo com o documento, apenas 20% das áreas podem receber pulverização aérea. Em Americana, explica ele, o percentual é de cerca de 5% da área. “Americana tem importantes cursos d’água e áreas urbanizadas nas quais não pode acontecer pulverização aérea”, disse o promotor.
Uma das formas de fiscalização discutida na reunião foi a utilização de DGPSs nas aeronaves. A tecnologia registra todas as informações como horário, condições climáticas, entre outros fatores importantes para a segurança da pulverização. “Hoje não é realizada a transmissão online dessas informações. Elas ficam apenas registradas na aeronave para eventuais fiscalizações”, diz o promotor.
Outra questão discutida foi a volta da fiscalização dos produtos utilizados na pulverização aérea. Segundo o promotor, desde 2012 o Ibama não fiscaliza os produtos. “Alguns foram proibidos e voltaram a ser comercializados. O Ibama se comprometeu a voltar com as fiscalizações”, afirma Castanheiro.
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