O novo comando da Polícia Militar em Americana, em parceria com o Conseg (Conselho de Segurança) municipal, vai ampliar para diversos outros bairros da cidade as propostas e ações desenvolvidas na Base Comunitária do Jardim Ipiranga, como as bem sucedidas Polícia Comunitária e Vizinhança Solidária.
A Polícia Comunitária, com seu programa Visita Solidária, estreita os laços com vítimas de roubos a partir de um atendimento humanizado, com policiais especialmente treinados para isso. Com a finalidade de prestar atendimento após o drama da violência urbana, o programa instituído há quase 20 anos, faz um trabalho importante junto às vítimas. A principal intenção é diminuir a sensação de insegurança e também conseguir informações que possam levar a polícia a localizar e prender os criminosos.
O Capitão Augusto, que assumiu em setembro passado a 1ª Companhia da PM em Americana, à qual a Base do Ipiranga está subordinada, relata que as vítimas de violência, de roubos, de assaltos normalmente ficam bastante traumatizadas. “Então o papel do nosso efetivo é levar solidariedade e ajudar a ampliar as medidas protetivas”, diz.
Já o programa Vizinhança Solidária, no qual o Conseg exerce um papel fundamental, visa não só estreitar a relação da polícia com a comunidade, mas ajudar a própria população a interagir com as questões ligadas à segurança pública.
“Basicamente, o programa faz com que as pessoas tenham uma sensação de pertencimento, contribuam para melhorar o bairro, além da questão policial, e passem a fazer parte das metas da segurança pública. E isso a partir até de ações simples, como grupos nas redes sociais que se entreajudam, levantam questões como a iluminação, circulação de pessoas suspeitas nas proximidades e assim por diante”, relata o Capitão. Segundo ele, o papel da PM é, principalmente, de dar suporte para as ações do programa.
Hoje, o Vizinhança Solidária, que teve seu início no Jardim Ipiranga, já está implantado em sete bairros da cidade. “Mas o nosso projeto, com base em propostas do Conseg, é ampliar o programa para vários outros bairros da cidade”, afirma o Capitão.
PAPEL ESSENCIAL
O presidente do Conseg, João Miletta, lembra que Base do Ipiranga foi criada em 1.997 justamente a partir de ações comunitárias coordenadas pelo Conselho, que reuniu comerciantes, entidades e segmentos da população da região para defender e viabilizar a sua implantação.
E a Base foi fundamental e utilizada até como modelo para programas de segurança pública que vinham sendo discutidos e implantados desde aquela época. Em 1997, quando a Polícia Comunitária começava a ser implantada em São Paulo, Americana foi escolhida como uma das cidades piloto, graças às ações desenvolvidas pelo Conseg e pela PM no Jardim Ipiranga e adjacências.
Foi a partir da Base do Ipiranga que se consolidaram ações como o patrulhamento com bicicletas e as rondas escolares, entre outras. “Mas o fundamental para que essas ações se desenvolvam é que tenhamos no comando da Polícia Militar local pessoas que realmente gostem da Base. Felizmente agora, com a vinda do Capitão Augusto e do Coronel Adriano, já prevemos uma nova fase de desenvolvimento. Eles são apoiadores incondicionais da Base. Tanto que bastou pedirmos para que tivesse um sargento diretamente em atuação na Base e, imediatamente, foi destacada a Sargento Suelen para estar ali”, conta Miletta. Para ele, a presença desse comando na Base é fundamental para o desenvolvimento pleno das ações.
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